A depressão se caracteriza por um sentimento de tristeza profunda, associado com sintomas fisiológicos e cognitivos no indivíduo, um conjunto de sintomas que incluem humor deprimido
(tristeza, desesperança), perda de interesse e prazer por atividades anteriormente satisfatórias e diminuição da energia, levando-o à uma importante falta de ânimo que interfere na vida no indivíduo, muitas vezes levando ao suicídio.
Quais são as causas?
A depressão apresenta causas multifatoriais, tendo sua origem em fatores endógenos (neurobiológicos, genéticos) e fatores exógenos (psicossociais). Vale ressaltar que esses fatores apresentam uma forte relação de interdependência.
Aspectos neurobiológicos
Na depressão ocorre uma alteração bioquímica no cérebro, causada por um déficit no metabolismo da serotonina que é o principal neurotransmissor responsável pelo equilíbrio do humor e da sensação de bem-estar no indivíduo. Estudos mostram que o fator genético apresenta grande importância para a evolução de um quadro depressivo.
Aspectos psicossociais
Vários são os fatores psicossociais que podem contribuir para o desenvolvimento da depressão. A ocorrência de eventos negativos recentes (morte de um ente querido, perda do trabalho, doenças), problemas no relacionamento afetivo/conjugal, estresse e falta de auto-estima, são considerados fatores psicossociais facilitadores para a instalação de um quadro depressivo.
Depressão na criança e no adolescente
Há que se atentar para a sintomatologia de acordo com cada faixa do desenvolvimento humano. Em crianças e adolescentes, acrescenta-se ao quadro sintomatológico o humor irritável, o comportamento desafiador e queixas de sintomas físicos sem causa aparente, em crianças mais novas, por não terem habilidade para comunicar suas verdadeiras emoções, é comum se observar mudanças no comportamento geral, seja no sentido do aumento (hiperatividade), ou na diminuição do contato (distanciamento e apatia). Mudanças abruptas no comportamento da criança ou do adolescente devem ser cuidadosamente observadas. Essas alterações incluem a dificuldade de adaptação social, altos níveis de irritabilidade, agressividade e oposição à autoridade. A criança ou o adolescente acometido por algum tipo de depressão, está bastante propenso a ter o seu desenvolvimento psicológico e social comprometido. O abuso de álcool ou outras drogas é, por exemplo, frequente em adolescentes deprimidos, como uma forma de se livrarem dos sentimentos que os cercam.
Depressão no idoso
Os distúrbios afetivos com alterações do humor são as principais psicopatologias que acometem os idosos. A prevalência da depressão é muito maior em indivíduos de idade avançada do que em qualquer outra faixa etária. Cerca de 15% da população idosa apresenta sintomas depressivos.
Ao se avaliar um paciente idoso do ponto de vista clínico, o profissional deve sempre levar em consideração a ocorrência de depressão, é frequente a observação de sintomas depressivos em idosos com importantes afecções físicas. Ainda, se a depressão não for tratada adequadamente, pode dificultar o processo de recuperação da enfermidade física, prolongar o período de hospitalização e provocar o aumento do índice de mortalidade.
Tratamento:
O tratamento da depressão pode ser feito através de psicoterapia, medicamentos antidepressivos, ou pela combinação de ambos, o que aumenta sua efetividade.
O trabalho psicoterápico, associado ao tratamento medicamentoso é reconhecidamente a maneira mais eficaz de tratar a depressão, pois possibilita a remissão dos sintomas depressivos, bem como evita sua reincidência. O tratamento psicoterápico só pode ser oferecido por profissionais psicólogo e/ou psiquiatra.
Hábitos de vida saudáveis são muito importante: